domingo, 10 de janeiro de 2010

A tomada do poder : Gramsci e a comunização do Brasil ( Completo)

Anatoli Oliynik

Em lugar algum no mundo o pensamento de Gramsci foi tão disciplinadamente aplicado
como está sendo no Brasil, agora pelo PT, cuja nomenklatura governamental
segue com rigor as orientações emanadas dos intelectualóides uspianos
que dirigem o Foro de São Paulo e que têm como cartilha os Cadernos do Cárcere, de Gramsci.

Quem não está familiarizado com as ideologias políticas, por certo estará perguntando:
Quem foi Gramsci e qual sua relação com o comunismo brasileiro?
Antonio Gramsci (1891-1937), pensador e político foi um dos fundadores
do Partido Comunista Italiano em 1921, e o primeiro teórico marxista a defender
que a revolução na Europa Ocidental teria que se desviar muito
do rumo seguido pelos bolcheviques russos, capitaneados por Vladimir Illitch Ulianov Lênin
(1870-1924) e seguido por Iossif Vissirianovitch Djugatchvili Stalin (1879-1953).

Durante sua prisão na Itália em 1926, que se prolongou até 1935, escreveu inúmeros textos
sobre o comunismo os quais começaram a ser publicados por partes na década de 30,
e integralmente em 1975, sob o título Cadernos do Cárcere.
Esta publicação, difundida em vários continentes, passou a ser o catecismo das esquerdas,
que viram nela uma forma muito mais potente de realizar o velho sonho
de implantar o totalitarismo, sem que fosse necessário o derramamento de sangue,
como ocorreu na Rússia, na China, em Cuba, no Leste Europeu,
na Coréia do Norte, no Camboja e no Vietnã do Norte, países que se tornaram vítimas
da loucura coletiva detonada por ideólogos mentecaptos.

Gramsci professava que a implantação do comunismo não deve se dar pela força,
como aconteceu na Rússia, mas de forma pacífica e sorrateira,
infiltrando, lenta e gradualmente, a idéia revolucionária.
A estratégia é utilizar-se de diplomas legais e de ações políticas
que sejam docilmente aceitas pelo povo, entorpecendo consciências e massificando a sociedade
com uma propaganda subliminar, imperceptível aos mais incautos
que, a priori, representam a grande maioria da população, de modo que,
entorpecidos pelo melífluo discurso gramsciano,
as consciências já não possam mais perceber o engodo em que estão sendo envolvidas.
A originalidade da tese de Gramsci reside na substituição da noção de “ditadura do proletariado”
por “hegemonia do proletariado” e “ocupação de espaços”, cuja classe, por sua vez,
deveria ser, ao mesmo tempo, dirigente e dominante.

Defendia que toda tomada de poder só pode ser feita com alianças
e que o trabalho da classe revolucionária deve ser primeiramente, político e intelectual.
A doutora Marli Nogueira, juíza do trabalho em Brasília, e estudiosa do assunto,
nos dá a seguinte explicação sobre a “hegemonia”:
“A hegemonia consiste na criação de uma mentalidade uniforme em torno de determinadas questões, fazendo com que a população acredite ser correta esta ou aquela medida,
este ou aquele critério, esta ou aquela ´análise da situação´,
de modo que quando o comunismo tiver tomado o poder, já não haja qualquer resistência.
Isto deve ser feito, segundo ensina Gramsci, a partir de diretrizes indicadas
pelo ´intelectual coletivo´ (o partido), que as dissemina pelos ´intelectuais orgânicos´
(ou formadores de opinião), sendo estes constituídos de intelectualóides de toda sorte,
como professores – principalmente universitários
(porque o jovem é um caldo de cultura excelente para isso),
a mídia (jornalistas também intelectualóides) e o mercado editorial (autores de igual espécie),
os quais, então, se encarregam de distribuí-las pela população”.

Quanto à “ocupação de espaços”, pode ser claramente vislumbrada
pela nomeação de mais de 20 mil cargos de confiança pelo PT em todo o território brasileiro,
cujos detentores desses cargos, militantes congênitos,
têm a missão de fazer a acontecer a “hegemonia”.

Retornando a Gramsci e segundo ele, os principais objetivos de luta pela mudança são
conquistar, um após outro, todos os instrumentos de difusão ideológica
(escolas, universidades, editoras, meios de comunicação social, artistas, sindicatos etc.),
uma vez que, os principais confrontos ocorrem na esfera cultural
e não nas fábricas, nas ruas ou nos quartéis.

O proletariado precisa transformar-se em força cultural e política,
dirigente dentro de um sistema de alianças, antes de atrever-se a atacar o poder do Estado-burguês.
E o partido deve adaptar sua tática a esses preceitos,
sem receio de parecer que não é revolucionário.

Isso o povo brasileiro não está percebendo,
pois suas mentes já foram entorpecidas
pelo governo revolucionário que está no poder.
Desta forma, Gramsci abandonou a generalizada tese marxista de uma crise catastrófica
que permitiria, como um relâmpago, uma bem sucedida intervenção
de uma vanguarda revolucionária organizada. Ou seja, uma intervenção do Partido.

Para ele, nem a mais severa recessão do capitalismo levaria à revolução,
como não a induziria nenhuma crise econômica, a menos que, antes,
tenha havido uma preparação ideológica.
É exatamente isto que está acontecendo no presente momento
aqui no Brasil: A preparação ideológica.
E está em fase muito adiantada, diga-se de passagem.

Segundo a doutora Marli Nogueira:
“Uma vez superada a opinião que essa mesma sociedade tinha a respeito de várias questões,
atinge-se o que Gramsci denominava ´superação do senso-comum´,
que outra coisa não é senão a hegemonia de pensamento.
Cada um de nós passa, assim, a ser um ventríloquo a repetir, impensadamente,
as opiniões que já vêm prontas do forno ideológico comunista.
E quando chegar a hora de dizer ´agora estamos prontos para ter realmente
uma ´democracia´ (que, na verdade, nada mais é do que a ditadura do partido),
aceitaremos também qualquer medida que nos leve a esse rumo,
seja ela a demolição de instituições, seja ela a abolição da propriedade privada,
seja ela o fim mesmo da democracia como sempre a entendemos até então,
acreditando que será muito normal que essa ´volta à democracia´
se faça por decretos, leis ou reformas constitucionais”.

Lênin sustentava que a revolução deveria começar pela tomada do Estado
para, a partir daí, transformar a sociedade.
Gramsci inverteu esses termos: a revolução deveria começar pela transformação da sociedade, privando a classe dominante da direção da “sociedade civil”
e, só então, atacar o poder do Estado.
Sem essa prévia “revolução do espírito”, toda e qualquer vitória comunista seria efêmera.

Para tanto, Gramsci definiu a sociedade como
“um complexo sistema de relações ideais e culturais” onde a batalha deveria ser travada
no plano das idéias religiosas, filosóficas, científicas, artísticas etc.
Por essa razão, a caminhada ao socialismo proposta por Gramsci
não passava pelos proletariados de Marx e Lênin e nem pelos camponeses de Mão Tse Tung,
e sim pelos intelectuais, pela classe média, pelos estudantes, pela cultura,
pela educação e pelo efeito multiplicador dos meios de comunicação social,
buscando, por meio de métodos persuasivos, sugestivos ou compulsivos,
mudar a mentalidade, desvinculando-a do sistema de valores tradicionais,
para implantar os valores da ideologia comunista.
Fidel Castro, com certeza, foi o último dinossauro a adotar os métodos de Lênin.
Poder-se-á dizer que Fidel é o último dos moicanos às avessas
considerando que seus discípulos Lula, Morales, Kirchner, Vasquez e Zapatero,
estão aplicando, com sucesso, as teses do Caderno do Cárcere, de Antônio Gramsci.

Chávez, o troglodita venezuelano, optou pelo poder força bruta e fraudes eleitorais.
No Brasil, por via das dúvidas, mantêm-se ativo e de prontidão o MST e a Via Campesina,
como salvaguarda, caso tenham que optar pela revolução cruenta que é a estratégia leninista.

Todos os valores que a civilização ocidental construiu ao longo de milênios
vêm sendo sistematicamente derrubados,
sob o olhar complacente de todos os brasileiros,
os quais, por uma inocência pueril, seja pelo resultado
de uma proposital fraqueza do ensino, seja por uma ignorância
dos reais intentos das esquerdas, nem mesmo se dão conta
de que é a sobrevivência da própria sociedade que está sendo destruída.
Perdidos esses valores, não sobra sequer espaço para a indignação
que, em outros tempos, brotaria instantaneamente do simples fato
de se tomar conhecimento dos últimos acontecimentos envolvendo
escancaradas corrupções em todos os níveis do Estado.

O entorpecimento da razão humana,
com o conseqüente distanciamento entre governantes e governados,
já atingiu um ponto tal que, se não impossibilitou, pelo menos tornou extremamente difícil
qualquer tipo de reação por parte do povo.
Estando os órgãos responsáveis pela sua defesa
– imprensa, associações civis, empresariado, clero, entre outros –
totalmente dominados pelo sistema de governo gramsciano
que há anos comanda o País, o resultado não poderia ser outro:
a absoluta indefensabilidade do povo brasileiro.

A este, alternativa não resta senão a de assistir, inerme e inerte,
aos abusos e desmandos daqueles que, por dever de ofício,
deveriam protegê-lo em todos os sentidos.

A verdade é que os velhos métodos para implantação do socialismo-comunismo
foram definitivamente sepultados.
Um novo paradigma está sendo adotado, cuja força avassaladora
está sendo menosprezada, e o que é pior,
nem percebido pelo povo brasileiro.


O Brasil está sendo transformado, pelas esquerdas,
num laboratório político do pensamento de Gramsci sob a batuta de Lula,
o aluno aplicado, e a tutela do Foro de São Paulo.


Anatoli Oliynik é administrador e consultor de empresas.
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O ESQUERDISTA, QUEM É ELE?

* Anatoli Oliynik


http://www.grupoinconfidencia.com.br/colunistas/oesque10.gif
“A ambição diabólica do esquerdista é querer mandar no mundo”

O esquerdista é um doente mental que precisa de ajuda e não sabe. Um sujeito miserável que necessita da piedade humana. Mas cuidado com ele. Por ser um ser desprezível, abjeto, infame, torpe, vil, mísero, malvado, perverso e cruel, todos sinônimos é verdade, mas insuficientes para definir seu verdadeiro perfil, ele é perigoso e letal.

É um sociopata camuflado, um psicótico social que imagina ser Deus e centro do mundo. Na sua imaginação acha que é capaz de solucionar todos os problemas da humanidade e do mundo manifestado, mas que na verdade quer solucionar os seus próprios, que projeta nos outros para iludir-se de ser altruísta.


É um invejoso. A inveja é a sua marca registrada. Sente ódio doentio e permanente pelas pessoas de sucesso, notadamente aquelas realizadas financeira e economicamente. O sucesso alheio corrói suas entranhas. É aquele sujeito que passa pelo bosque e só vê lenha para alimentar a fogueira de seu ódio pelo sucesso alheio.

É um fracassado em todos os sentidos. Para justificar o seu fracasso busca desesperadamente culpados para a sua incompetência pessoal, profissional e humana. No seu conceito, a culpa é sempre dos outros, nunca atribuída a ele mesmo. É um sujeito que funciona como uma refinaria projetada para transformar insatisfações pessoais e sociais em energia pura para promover a revolução proletária.

É um cínico. Não no conceito doutrinário de uma das escolas socráticas, mas no sentido de descaramento. Portanto, um sujeito sem escrúpulos, hipócrita, sarcástico e oportunista. Para justificar seu fracasso e sua incompetência pessoal, se coloca na condição de defensor do bem-estar da sociedade e da humanidade, quando na verdade busca atender aos seus interesses pessoais, inconfessos. Para isso, se coloca na postura de bom samaritano e entra na vida das pessoas simples e desprovidas da própria sorte, com seu discurso mefistofélico.

É um ateu. Devido a sua psicose, já comentada anteriormente, destitui Deus e se coloca no lugar d’Ele para distribuir justiça, felicidade e bem-estar social, solucionar todos os problemas do mundo e da humanidade, dentre outros que-jandos. É um indivíduo que tem a consciência moral deformada e deseja, acima de tudo, destruir todos os valores cristãos e construir um mundo novo, segundo suas concepções paranóicas.

É um narcisista. A sua única paixão é por si mesmo, embora use da artimanha para parecer um sujeito preocupado com os outros, no fundo não passa de um egoísta movido pelo instinto de autocon-servação.

É um niilista. Um sujeito que renega os valores metafísicos divinos e procura demolir todos os valores já estabelecidos e consagrados pela humanidade para substituí-los por novos, originários de sua própria demência. Assim, ele redireciona a sua força vital para a destruição da moral, dos valores cristãos, das leis etc. Sua vida interior é desprovida de qualquer sentido, ele reina no absurdo. É o “profeta da utopia” e o “filósofo do nada”.

É um genocida cultural. Na sua vasta ignorância da realidade do mundo manifestado, o esquerdista acha que o mundo é a expressão das idéias nascidas de sua mente deformada e assim se organiza em grupos para destruir a cultura de uma sociedade, construída a custa de muitos sacrifícios e longos anos de experiência da humanidade.

Agora que você conhece algumas características do esquerdista, fica um conselho: jamais discuta com um deles, porque a única coisa que ele consegue falar é chamá-lo de reacionário, nazista, capitalista e burguês. Ele repete isso o tempo todo e para todos que o contradizem, pois a única coisa que sua mente deformada consegue assimilar, são essas palavras. Com muito custo ele consegue pronunciar mais um ou dois verbetes na mesma linha aos já descritos, todos para desqualificá-lo e assim expressar a sua soberba.

Os conceitos atribuídos ao esquerdista se aplicam em gênero, número e grau aos socialistas, marxistas, leninistas, stalinistas, trotskistas, comunistas, maoístas, gramscistas, fidelistas, chevaristas, chavistas e especialmente aos membros da família dos moluscos cefalópodes.


Para finalizar, porém longe de esgotar o assunto, o esquerdista é aquele sujeito cuja figura externa é enormemente maior que a própria realidade. Sintetiza o cavaleiro solitário no deserto do absurdo, cuja ambição diabólica é querer mandar no mundo. (Curitiba/PR) 15/10
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Fonte: Por e-mail do Juarez
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